Bem, eu necessitava, pedia, e não assumia que eu precisava de você, um certo modo eu estou bem, as coisas andam melhorando mais ainda aquele rasgo, aquele ferimento que aos poucos doi, ainda continua aqui, vejamos, por onde começar, a minha Vó aquela que infartou e não tinhamos nenhuma esperança de vida para ela, ela voltou pra casa, ela não é a mesma ela se alimenta por sonda, e vive o dia inteirro deitada ou sentada naquelas cadeiras apropriadas, e sem contar da cadeira de rodas, a minha mãe aos poucos está se desgastando e morrendo por dentro, ela não tem mais vida propria, bem, a familia nossa não era tão unida como pensavamos, os irmãos dela não ajudam ela para nada, o apoio moral quem dá a ela somos nós aqui de casa, a minha vó ela é um amor ainda, ela lembra de todos e faz a gente rir as vezes com as bobeiras dela, ela voltou a ser uma criança com 78 anos de idade, aqueles amigos que eu tinha lhe falado uma vez, então, as aparencias enganam, me deixaram, agora aquela coisa que me aconteceu está voltando, estou tentando me controlar mais toda vez que eu vou ao dentista eu choro, e muito dentro do Onibus, uns dias atras uma mulher loira sentou perto de mim e reparou que estava acontecendo comigo, e eu abri que eu estava me sentindo um lixo e que mais nada em minha vida prestasse, ela me falou que a vida é assim e tem seus autos e baixos, e ainda pra completar ela me levou ao dentista, a minha vida continua andandando sem noção, aquele ritimo sem graça e quase parando, eu vou ao curso de inglês, volto, e algum dia de semana eu vou á cidade vizinha arrumo os meus dentes e volto, e nada mais disso, eu não me sinto bem quando saio de casa, eu vivo no escuro com vergonha de mostrar que tem a minha face, eu me prendo na casa da minha vó, que hoje em dia se encontra sozinha, e durmo lá, á noite eu fico pensando nas coisas e me sinto vazio, a unica coisa que poderia sentir,
VAZIO, aquela solidão que nenhuma pessoa poderá sentir á não ser eu, porque, vejamos, cutucaram as minhas feridas, e até agora elas estão doendo, e falar a verdade, eu sinto falta dos dois, aqueles dois que mudaram a minha vida, e completava ela com muita alegria e com as horas mais felizes da minha vida, eu me engano muito com as pessoas, o porque de tanta decepção em meu coração, essa pessoa do nada, quando as feridas estavam cicatrizando ela mexeu, e isso me revirou e me fez sentir tudo o que eu tinha passado pelo os dois, aquilo tudo que me provou aquilo que me faz chorar só de pensar, e me chamou de uma pessoa sem alma e sem coração pelo o que eu faço com as pessoas, e isso me magoou, e me fez pensar por meses e mais meses, até hoje eu me pergunto se eu mereço tanto merito por um crime mal feito que eu cometi, e apartir desse dia, a cada vez que eu encontrava com um deles, me doia o coração e escoria uma lagrima, apenas uma lagrima, elas era como gotas de sangue que saiam daquela ferida infeccionada e dolorida, e até hoje eu fico muito sentido quando encontro eles, a Évila perdeu o emprego na locadora e a Locadora fechou ficando assim eu, sem uma pessoa que eu poderia conviver todos os dias podendo contar o que mais me machucava, uns dias atras eu entrei no orkut dela para mandar um depoimento, eu vi um scrap dele, e me arrepiou os pelos do braço e da nuca quando vi que ele estava preocupado com ela e por ela ter sumido, e tenho medo de pronunciar o nome dele, pois quando pronuncio ele aparece e me assusta, eu fui uns dias atras na casa dela e contei que estava acontecendo e falei que eu não sentia muita falta dela apenas sentia falta dele, aquele melhor amigo que eu tive, ela me falou que não valeria meu sofrimento por ele, e que ele estava mudado e eu não reeconheceria e iria mais machucar o meu coração, enquanto ela, sinto, quase certeza que ela sente e muito a falta minha, é como rancar um dos seus braço e não encontrar ele mais, e não poder recoloca-lo no lugar, toda vez que ela vê a minha amiga ela pergunta de mim, fala demais de mim, sem ao menos ela tocar em meu nome, é como se fosse um remedio que deve ser lembrado de hora em hora pra poder beber, uns dias atras quando eu soube que ela sentia saudades de mim eu me droguei de remedios que tinha uma faixa preta, nunca passei tanto mau em minha vida quanto naquele dia, e gritava de dor, aquela dor que saia de dentro do meu coração e me espalhava pelo o meu corpo, eu estou me sentindo estranho, e por isso que eu faço isso, por alguma maneira eu me sentir bem, mais isso nunca dá certo porque quem mais prejudicado sou eu, agora eu vivo assim, a minha mãe não percebe e ninguem da minha familia percebe porque estão ocupados demais prestando atenção em alguem mais IMPORTANTE que eu, me doi lembrar dos momentos de nós juntos, das risadas, das piadinhas sem graças, das nossas saidas juntos, das nossas aventuras, uma historia que apenas nós 3 poderiamos contar, saudades da época que eu era feliz e eu não sabia, agora vivo em um sofrimento sem fim, tento recolocar pessoas no lugar dos dois, mais nenhuma será o bastante para me fazer bem como eles me faziam, não sinto falta daquela pessoa que me apunhalou com lembranças que eu não gostaria de lembrar, há, enquanto eu não escrevia em você eu escrevi em um caderno, era tipo um diario d' bordo, eu escrevia ele quando estava no hospital e quando me isolava sozinho em algum canto que não haveria uma alma pra me perturbar, um lugar perfeito que eu poderia me sentir bem pelo menos um milessimo de tempo, mais me sentiria bem, aquele rasgo, aquele sofrimento nunca vai curar, eles vão ser sempre o que me fazerão feliz, querendo ou não, me sinto um inutel, e tudo aquilo que um dia começou e acabou um dia voltou, e voltou para ficar, uns dias atras, eu vi um filme que eu considerava com ele, o nosso filme, um filme infantil chamado Toy Story, eu chorava de soluçar e começei a perder o meu folego e a minha mãe viu e pensou que eu estava tendo um ataque de asma, mais na verdade era as lembranças me fazendo sofrer por uma coisa que já não está perto de mim, acho que os dois não andam bem, e precisam de mim, tem dias que me dá a vontade de correr atras deles e falar o que está se passando dentro de mim, mais a consiência que é maior não deixa eu fazer uma cagada dessas e me faz arriar e sentar e me lamentar pelo o tempo que passou, eu pronuncio o nomes deles e as historias com um sorriso, com um orgulho que eu não sinto de mim, mais sim deles, um sentimento inesplicavel o que eu sinto por eles, ainda tenho a esperança deles me encontrarem e para vim a gente conversar, todos aqui em casa, de um certo modo estão acabados e sem graças, acabaram aqueles flash's de coisas que poderiam acontecer, agora tudo está mudadado, ela está trabalhando ao lado daqui de casa e ele parou de estudar na minha sala e mudou para a noite, as vezes os amigos deles me fazem perguntas sem noção que eu sempre respondo com muita ironia e sarcastico, sempre que houver um espaço para mim respirar eu lembrarei de vocês
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